Executivos do Brasil apostam em megatendências para acelerar negócios
Estudo da EMC com 92 tomadores de decisão apontou que 85% acreditam que big data, cloud, mobilidade e social media são estratégicas para incrementar receita de suas empresas.
Edileuza Soares
29/08/2014 às 9h18
As megatendências começam a impactar nos negócios das companhias e a TI precisa se redefinir com velocidade para acompanhar o processo de transformação que as organizações estão passando. É a conclusão de um estudo divulgado durante o EMC Forum, realizado em São Paulo, pela EMC, com 92 executivos brasileiros tomadores de decisão. O relatório apontou que 85% dos entrevistados apostam em big data, cloud, mobilidade e social media para impulsionar a receita de suas empresas.
O relatório mostra que o impacto das megatendências alterou as expectativas das companhias. Isso principalmente em razão da mudança de comportamento dos consumidores e usuários finais que estão mais conectados por meio de smartphones e querem interagir online com as empresas, a qualquer hora e em qualquer lugar.
Diante dessa exigência, altos executivos consideram a TI como uma importante ferramenta para o crescimento dos negócios. Para 85% dos entrevistados, as tecnologias de próxima geração são essenciais porque fornecerão vantagem competitiva para sua empresa.
Os entrevistados disseram que esperam ver uma influência das megatendências no que diz respeito a: construção de novos produtos e serviços (46%); gestão das operações de negócios de missão crítica (38%); e melhorar a experiência dos clientes (35%).
Questionados sobre nuvem, 65% dos pesquisados consideram importante. Eles entendem que uma combinação de rede pública e privada permite maior nível de agilidade e segurança para as empresas.
Quando perguntados sobre quais aplicações não devem ser colocados em nuvem pública, ERP (sistemas de gestão empresarial) ficou à frente com 29% das respostas, seguidas por planejamento financeiro, com 27% e, gerenciamento de recursos humanos, com 19%, entre outros.
Queda de barreiras
Entre os entrevistados, 61% acreditam que suas organizações atualmente têm alto nível de habilidades e conhecimento em TI para alcançar as prioridades dos negócios. Entretanto, 76% disseram que manter uma equipe treinada para acompanhar o ritmo das implicações exigidas pelas megatendências será um desafio para as organizações nos próximos anos.
A falta de talentos com habilidade em big data, cloud, mídia social e mobilidade é um dos obstáculos para lidar com esse cenário de mudanças.
Para tentar tranquilizá-los sobre esse gap, o presidente da EMC Brasil, Carlos Cunha, afirma que a indústria está tentando dar uma parcela de contribuição nessa área. Ele menciona a iniciativa da EMC para ajudar os clientes a derrubarem a barreira da falta de mão de obra especializada. A empresa investiu no Brasil na instalação de um centro acadêmico, que tem o objetivo de preparar talentos para lidar com big data e cloud computing.
Ao comentar sobre os resultados da pesquisa, Cunha reforçou a necessidade de os gestores de tecnologia se prepararem para redefinir a TI para suportar os negócios no novo cenário.
"O CIO tem que mudar sua gerência e se tornar uma espécie de broker de TI", sugere ele, mencionando o exemplo de usuários que contratam serviços de nuvem pública, sem autorização do departamento de tecnologia para terem aplicações mais rapidamente.
"Ir para a cloud pública não é ruim. O problema é ir sem segurança", avalia Cunha. Ele observa que os usuários de negócios não têm noção nem controle de SLA, algo que o CIO domina bem e que os times podem trabalhar juntos.
Já Thomas Roloff, vice-presidente de serviços globais da EMC, chama a atenção das companhias para que acelerem a jornada de adoção das novas tecnologias, principalmente rumo à nuvem híbrida para redução de custos, com eficiência de custos e máxima inovação.